sábado, 28 de fevereiro de 2009




SAUDADE é o Amor que fica!



É longo o relato...mas vale a pena ler!



SAUDADE É AMOR QUE FICA.

"Um livro aberto é um cérebro que fala;
Fechado, um amigo que espera;
Esquecido, uma alma que perdoa;
Destruído, um coração que chora".
(Voltaire)

Um anjo que por mim passou...

Médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional, com toda vivencia e experiência que o exercício da medicina nos traz, posso afirmar que cresci e me modifiquei com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Dizem que a dor é quem ensina a gemer.

Não conhecemos nossa verdadeira dimensão, até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além. Descobrimos uma força mágica que nos ergue, nos anima, e não raro, nos descobrimos confortando aqueles que vieram para nos confortar. No início da minha vida profissional, senti-me atraído em tratar crianças, me entusiasmei com a oncologia infantil. Tinha, e tenho ainda hoje, um carinho muito grande por crianças. Elas nos enternecem e nos surpreendem como suas maneiras simples e diretas de ver o mundo, sem meias verdades.

Nós médicos somos treinados para nos sentirmos "deuses". Só que não o somos! Não acho o sentimento de onipotência de todo ruim, se bem dosado. É este sentimento que nos impulsiona, que nos ajuda a vencer desafios, a se rebelar contra a morte e a tentar ir sempre mais além. Se mal dosado, porém, este sentimento será de arrogância e prepotência, o que não é bom. Quando perdemos um paciente, voltamos à planície, experimentamos o fracasso e os limites que a ciência nos impõe e entendemos que não somos deuses. Somos forçados a reconhecer nossos limites.

Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional. Nesse hospital, comecei a freqüentar a enfermaria infantil, e a me apaixonar pela oncopediatria. Mas também comecei a vivenciar os dramas dos meus pacientes, particularmente os das crianças, que via como vítimas inocentes desta terrível doença que é o câncer.

Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento destas crianças. Até o dia em que um anjo passou por mim.

Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada porém por 2 longos anos de tratamentos os mais diversos, hospitais, exames, manipulações, injeções, e todos os desconfortos trazidos pelos programas de quimioterapias e radioterapia.

Mas nunca vi meu anjo fraquejar. Já a vi chorar sim, muitas vezes, mas não via fraqueza em seu choro. Via medo em seus olhinhos algumas vezes, e isto é humano! Mas via confiança e determinação. Ela entregava o bracinho à enfermeira, e com uma lágrima nos olhos dizia: faça tia, é preciso para eu ficar boa.

Um dia, cheguei ao hospital de manhã cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. E comecei a ouvir uma resposta que ainda hoje não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.

Meu anjo respondeu:



- Tio, disse-me ela, às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores. Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade de mim. Mas eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!
Pensando no que a morte representava para crianças, que assistem seus heróis morrerem e ressuscitarem nos seriados e filmes, indaguei:


- E o que a morte representa para você, minha querida?


- Olha tio, quando agente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e no outro dia acordamos no nosso quarto, em nossa própria cama não é?

(Lembrei minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, costumavam dormir no meu quarto e após dormirem eu procedia exatamente assim.)


- É isso mesmo, e então?


-Vou explicar o que acontece, continuou ela: Quando nós dormimos, nosso pai vem e nos leva nos braços para o nosso quarto, para nossa cama, não é?


- É isso mesmo querida, você é muito esperta!

- Olha tio, eu não nasci para esta vida! Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!

Fiquei "entupigaitado" . Boquiaberto, não sabia o que dizer. Chocado com o pensamento deste anjinho, com a maturidade que o sofrimento acelerou, com a visão e grande espiritualidade desta criança, fiquei parado, sem ação.

- E minha mãe vai ficar com muitas saudades minha, emendou ela. Emocionado, travado na garganta, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei ao meu anjo:

- E o que a saudade significa para você, minha querida?


- Não sabe não tio? Saudade é o amor que fica!

Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um dar uma definição melhor, mais direta e mais simples para a palavra saudade: é o amor que fica!

Um anjo passou por mim...

Foi enviado para me dizer que existe muito mais entre o céu e a terra, do que nos permitimos enxergar. Que geralmente, absolutilizamos tudo que é relativo (carros novos, casas, roupas de grife, jóias) enquanto relativizamos a única coisa absoluta que temos, nossa transcendência.

Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas me deixou uma grande lição, vindo de alguém que jamais pensei, por ser criança e portadora de grave doença, e a quem nunca mais esqueci. Deixou uma lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores.

Hoje, quando a noite chega e o céu está limpo, vejo uma linda estrela a quem chamo "meu anjo, que brilha e resplandece no céu. Imagino ser ela, fulgurante em sua nova e eterna casa.

Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições que ensinastes, pela ajuda que me destes.

Que bom que existe saudades!

O amor que ficou é eterno.

Rogério Brandão
Médico Oncologista Clinico.

Qual a sua opção: Democracia ou oclocracia?


“O Estado é a grande ficção através da qual todo mundo se
esforça para viver à custa de todo mundo.” (Frédéric Bastiat)
Vivemos uma sociedade pautada pela constante e crescente
degeneração, e é importante que entendamos o significado desta
palavra, pois degeneração além de ser a ação ou efeito de degenerar,
tem como sinônimo a corrupção e a depravação no sentido físico e
moral.
Não nos comprometemos com as futuras gerações, não valorizamos
o ensino fundamental e não entendemos o verdadeiro papel do
Estado.
Por conta da demagogia política e a sede de conquista do poder,
deixamos de considerar que a fiel observância ao princípio da
subsidiariedade como fundamental para que seja construída uma
nação sadia, honrada e que possa assegurar o desenvolvimento pleno
do cidadão sem imposições ou restrições.
Um princípio que não é
conhecido por muitos e que é desconsiderado por professores,
políticos, pelos profissionais da mídia em especial. Se não por
ignorância, seguramente por má fé.
E o que temos, uma excessiva centralização das decisões em Brasília,
fora da realidade brasileira,
decisões sendo pautadas por critérios políticos-ideológicos, um país
administrado através do clientelismo político e na supremacia dos
chamados movimentos sociais – na realidade antissociais, com o
capitalismo de comparsas e o socialismo de privilegiados.
Temos a oclocracia superando uma verdadeira democracia.

FALAR DE AMOR!


É fácil, pra quem tem no peito um coração enamorado

E na mente um querer apaixonado

O sol parace muito mais iluminado

A lua, arrasta sua luz brilhante pela rua

E mesmo escondida,

Mostra toda beleza da vida

Falar de amor não só com palavras

Mas com gestos de pureza infinita

Com sorrisos a iluminar a tristeza mais sentida

Com afagos, mãos se encontrando, abraços

Apertados, feito laços de união profunda

Onde o querer tem maior sentido do que qualquer outro bem

Fazer crer aos pobres de sentimento

Que para o amor é sempre o momento, a hora, o dia

Falar de amor

Tem cheiro gostoso de flor

Tem a cor do olhar mais amado

Tem gosto de beijo molhado

Falar de amor

Sustenta quem se rende aos males e faz surgir o desejo de prosseguir

Sentir-se amado, não é a qualquer um dado

É apenas terreno de quem se dá, sem cobrar

A quem olha e vê primeiro o seu coração

Antes de qualquer outra ação

Falar e sentir amor é uma graça a poucos concedida

Aproveita, viva a vida

Ame, ame a todos

Sem distinção

Que só fará bem ao seu coração!